Olha-te ao espelho... sabes quem és? - O meu caso pessoal
Desde que me foi diagnosticada a enxaqueca crónica, que me tornei (ainda mais) consciente do meu corpo e das minhas emoções e como o exterior influencia o meu interior.
Fui-me autodescobrindo.
A autodescoberta e o autoconhecimento é um processo contínuo que deve abranger todas as fases da nossa vida. Defendo, cada vez mais, que nós mulheres devemos ter esta curiosidade para conosco, para conseguirmos lidar com a nossa ciclicidade, com as nossas oscilações e ensinar aos que nos rodeiam quem somos e como hão-de lidar conosco. Sim, isso é muito importante porque por vezes é-nos exigida certas coisas que não é natural para aquela nossa fase, o que origina desconfortos.
Podemos começar por falar do nosso corpo, que muda ao longo do mês. "Ah não sei porque estou inchada!" Tanto as hormonas como a alimentação tem uma forte influência, sabes?
É importante percebermos o que nos faz mal e o que nos faz bem, mesmo sendo julgadas pelos que estão à nossa volta. No meu caso, comecei há 2 semanas uma dieta restritiva baseada em alimentação natural evitando alimentos processados e uns outros e noto imensa diferença nas crises de enxaqueca. Sinto-me mais leve quando como e não fico tão inchada!
Deixei a toma da pílula em 2021, após 26 anos de toma e problemas de saúde. Hoje em dia, o meu corpo responde naturalmente ao ciclo e eu consigo percebê-lo.
Relacionado ao corpo estão as emoções, que também variam em cada fase do ciclo menstrual:
- menstruação: um momento de recolhimento e introspeção. A energia está voltada para dentro.
- pré-ovulação: à medida que os níveis hormonais aumentam, podemos sentir mais energia e otimismo.
- ovulação: a criatividade e a expressão estão no auge.
- pré-menstruação: as emoções podem intensificar-se (a chamada "Tensão Pré-menstrual).
A menopausa, que ao longo dos tempos foi sendo vista como uma doença, deve ser vista como uma etapa natural da mulher, fase onde a mulher é Sábia, a fase da "Grande Mudança". "(...)a mulher deixa de se sujeitar às alterações hormonais e influências ambientais, podendo permanecer - de forma equilibrada – entre o rico potencial de seu mundo interior e a capacidade de manifestá-lo criativamente, se assim o quiser. (A lua feminina: Os quatro ritos de passagem da mulher).
Cada vez mais há que libertar tabus que a sociedade impôs ao feminino, e abraçar a nossa essência e identidade e olharmo-nos ao espelho e conhecermos, de facto, quem somos e do que somos capazes porque somos forças da Natureza. Então, olha para o espelho e reconhece-te!